14/09/07

We handle, you fly.

Cá estou, retornado de mais uma jornada madeirense. De três em três meses, mais ou menos, lá vou eu à terra do Alberto João em viagem de negócios. É coisa pouca, vou de manhã e regresso no mesmo dia, à noite. Luxos... Não para quem quer, não para quem pode, mas sim para quem é obrigado.
Já me habituei. Eu, que sou tão ansioso, já não stresso porque vou andar de avião. Aliás, costumo mesmo passar as noites antes da viagem a ver programas como "Mayday, desastres aéreos" e outros do género.
Atenção tripulação, portas em "armed"!
Costumo viajar sempre pela nossa TAP e há uma coisa que a companhia tem da qual me tornei fã, chegando mesmo a salivar só de pensar nisso antes da viagem. Falo da pequena refeição servida a bordo, principalmente a sande. Sei que a maioria das pessoas detesta a comida dos aviões, mas eu adoro. Hoje tive sorte, pois no voo para o Funchal serviram minha sande favorita. Pão coberto de sementes de não sei quê com fiambre, uma folha de alface e meia rodela de ananás... Muito boa!
Um copo de sumo e um cafézinho, estou satisfeito. Antes da menina do café, ainda passou outra que me perguntou:
- Chá?
Pensei mesmo em responder:
- Não, mais daqui a um bocado. (Atenção, piada apenas para bons entendedores e conhecedores do meu sentido de humor)
Aprecio tanto a refeição, que por alguns minutos, chego mesmo a esquecer que estou dentro de um avião a mais de 9000 m de altitude. E hoje era bem grandinho, um Airbus A321.
Negócio fechado e é hora do regresso. Do Funchal para Lisboa, nada a assinalar. Olham-se as assistentes de bordo, umas bonitas, outras nem tanto (pelo menos não são homens) e outra refeição depois (adoro mesmo) estou em Lisboa.
Aqui sim, começam as complicações... É sempre assim em Lisboa.
Em primeiro lugar, esperei (eu e toda a gente, claro) mais de 10 minutos até que a escada encostasse ao avião para podermos descer. Então seguiu-se a costumeira viagem de autocarro até à saída.
Já estou habituado a sair do autocarro e dirigir-me para a porta das transferências, directamente para o embarque para o Porto, mas hoje foi diferente... O aeroporto orgulha-se de ter inaugurado o "Terminal 2", uma sala embarque para voos domésticos. Assim, saí do autocarro, entrei nas instalações do aeroporto e saí pela porta imediatamente ao lado, para outro autocarro que me levaria ao novíssimo terminal. Podem achar que estou a exagerar, mas foi mesmo assim. E ainda ficou pior...
Sem exagero, andei cerca de dois ou três kms de autocarro, pois o novo terminal deve ficar mais ou menos na zona do Montijo... Ainda cheguei a pensar que se calhar não havia voo e vinha de autocarro para cima, mas não. O aeroporto é maior do que eu pensava!
Cheguei ao terminal (novamente não sozinho, claro) e mais não tinha a fazer senão aguardar que abrissem a porta 202 onde certamente me esperaria outro autocarro, desta vez para me levar ao avião. Abriram a porta e o embarque começou. Fiquei para trás, logo não tive lugar no primeiro autocarro. Sorte a minha, pois depois de o mesmo estar cheio, descobriram que faltavam dois membros da tripulação que nos iria trazer ao Porto, pelo que o embarque parou.
Parou durante uma meia hora, com um autocarro à porta cheio de pessoas. Algumas do autocarro, outras ainda da sala de espera, começaram a passar-se e a questionar os atarantados funcionários sobre as razões do atraso. Eu, como sempre, calmíssimo. A coisa lá andou e lá estava eu de novo dentro de um avião, para um voo, desta vez mais curto e sem refeição (forretas).
Neste pequeno voo, vinha o famoso Pedro Abrunhosa, sempre de óculos escuros, claro. Olhei para ele e pensei para mim:
- Será que se esta merda cair tu tiras os óculos?
Felizmente não caiu e cá estou eu de volta.
Atenção tripulação, portas em "desarmed"!

1 comentário:

Anónimo disse...

E será que se caisse tu perdias a calma? Puxavas os cabelos?
Ou dizias : pronto meu Deus, sê gentil comigo...e manda me uma miuda...