30/07/07

Semana fora

Hoje vou para fora.
Vou a semana toda, voltando apenas Sexta ou Sábado, dependendo de como me correrem os dias...
Nesta altura não é nada agradável estar fora tanto tempo. Principalmente agora, principalmente nos locais para onde vou.
Sinto falta, sinto saudades e sei que durante a semana tudo me trará recordações, excelentes recordações. Infelizmente estarei sozinho, sem ti para me abraçar. Assim, as recordações, por melhores que sejam (e são mesmo as melhores que a vida me deu até agora), transformam-se sempre em tristeza, porque agora não estás.
Acredito, sei que vou pensar, sei que provavelmente vou chorar, mas acredito.
A camisa de dormir não sai da mala, a aliança não sai do meu dedo... Tu não me sais da cabeça.
Mas também não quero.
Boa semana para todos.

28/07/07

Close Yet Far

"who said that I wasn't right?
I've lived for years without a life
don't have a soul on my side
still ridiculed despite how hard that I have tried
don't take me under your wing
I don't need a hand, don't need anything
and I've got a roof over my head
as if I'd rather be alone with me instead
close yet far
drop me a line and tell me how the hell you are
and I'll tip my hat to those who can't believe it's me
though I never never never ever wanted this to be
I can hear the sounds of the city
sunrise and set are the same to me
a hesitating pulse is good company
and my reflection offers no apology
but who said that I wasn't right?
and I've lived for years without a life
don't have a soul on my side
still ridiculed despite how hard that I have tried
close yet far
drop me a line and tell me how the hell you are
and I'll tip my hat to those who can't believe it's me
though I never never never ever wanted this to be
close yet far
drop me a line and tell me how the hell you are
and I'll think of days when there was something to believe
though I never never never ever wanted this to be"
CKY - Close Yet Far

27/07/07

Atrapalhado? Boas Férias!

Quando estás atrapalhado no trabalho, sem saber bem como hás-de organizar a próxima semana, sem saber se tens materiais para executar o serviço e te dizem "Boas férias!", estamos conversados...
Semana dura, a próxima...
Para quem pode, BOAS FÉRIAS!
Para mim falta mais uma...

26/07/07

CKY

Descobri recentemente uma banda rock que dá pelo nome de "CKY" (Camp Kill Yourself). Aprecio bastante o estilo forte, mas ao mesmo tempo melódico, chegando a ser romântico.
Deixo-vos o endereço do site para ficarem a conhecer a banda um pouco melhor.




Dos dois álbuns que já tive oportunidade de ouvir ("An Answer Can Be Found" e "Infiltrate-Destroy-Rebuild"), destaco os temas "Close Yet Far", "Plastic Plan", "The Way You Lived", "Familiar Realm", e por aí fora...
A ouvir com atenção...

Mania de ser fotógrafo...


Às vezes até tiro fotos bonitas, mesmo com o telemóvel...

Frase do dia

By Ramiro Oliveira:

"Na proposta mete-se o António, depois vai o Zé Manel!"

É assim mesmo que se trabalha...

24/07/07

Esquecimentos...


Ultimamente ando muito esquecido. Deve ser excesso de stress no trabalho, ou então é por razões bem piores que essa... A verdade é que ultimamente tenho andado mesmo na lua. Deixo alguns exemplos:
Um dia da semana passada, Segunda ou Terça, já não me recordo (estão a ver???) fui almoçar ao Mc Donalds na Figueira da Foz (sou viajado) e pedi o menu, neste caso super-menu, por causa do copo da Coca-cola. Sentei-me, almocei, li o jornal, tomei o café e vim embora... Nada de anormal, não fosse o facto de lá ter deixado o raio do copo! Pior ainda, e aí é que estes meus esquecimentos são estranhos, só me lembrei da falha na Quinta-feira!!!
Ainda hoje fiz umas compras numa loja e depois, para entrar noutra parte da mesma, tive que as deixar no balcão de informações, em troca de uma fichinha (número 3). Pois bem, vim embora e só passada mais de uma hora é que meti a mão ao bolso e senti a dita ficha! Raios, por acaso estava perto. Acrescento ainda que deixei nessa loja também uma ferramenta de trabalho que aproveitei para ir buscar...
E é isto, não sei que se passa, só sei que preciso de descanso, tomar vitaminas e, se calhar, como um amigo meu disse, preciso de dar umas fodas.
As férias estão a chegar, as vitaminas compram-se. Quanto às fodas... Sozinho não dá!
Só para terminar, queria deixar-vos uma mensagem... Mas esqueci-me!

Na sala de espera...

Hoje fiz a visita mensal ao meu dentista.
Enquanto esperava pela minha vez, desfolhei uma das muitas revistas espalhadas pela mesa...
Páginas tantas, no meio de uma entrevista ao psicólogo Daniel Gilbert, em que o tema era a felicidade, estava esta pérola:
"A felicidade é um local que se pode visitar de vez em quando"
Lendo a totalidade da entrevista, começo a achar que o Sr. Dr. tem toda a razão...
Felicidades!

23/07/07

Borders...

"Would you stop talking,
Because I don't think we agree,
You're always keeping all your borders up,
I'm thinking something must be wrong with me,
Well i know you don't like it,
You're no exclusive company,
You're always keeping all your borders up,
And it's a little more than you and me.
Well somebodys had a harder time,
But your always on the attack,
Have they been giving you the run-around,
And now you're trying to get your own back?
Well i know you don't like it,
You're no exclusive company,
You're always keeping all your borders up,
And it's a little more than you and me,
I'm not guilty.
Oh well I better say something,
To stop us creeping round these avenues,
You're always keeping all your borders up,
I bet you're getting a little confused, I don't think so.
Well it's time to turn this thing around,
Well there's no reason for this thing you found,
We're always keeping all our borders up,
I think it's time we tore them all down.
You've got to fight for a reason, what's your reason? You never cared,
You've got to fight for a reason, what's your reason? You never cared..."
The Sunshine Underground - Borders

20/07/07

Defeitos estéticos...

Hoje pela manhã visitei um cliente... Uma loja de electrodomésticos, cujo nome não importa.
A loja em questão é diferente, é um chamado "outlet", onde os preços são à partida mais baixos.
Hoje era precisamente dia de chegar o camião com o refugo das lojas normais da mesma cadeia...
Era portanto dia de preços baixos, ainda mais...
Enquanto vagueava pela loja, ainda antes da abertura e quando o povo já se aglomerava no exterior aguardando pelas dez da manhã, um produto, neste caso um frigorífico, chamou a minha atenção... Tinha coladas na porta duas folhas com inscrições. Uma delas dizia: "produto com pequeno defeito estético". A outra, colada ao lado, dizia simplesmente "não funciona"!
Ora com defeitos estéticos destes posso eu bem... Vivam os preços baixos!
Que tudo na vida se resumisse a pequenos defeitos estéticos...

Onde estás?

Hoje despertei e não te senti na cama...
Não precisei abrir os olhos, pois a ausência do teu cheiro, a falta do teu respirar disseram-me, sem palavras, que já não estavas ali.
Não sei onde foste, não sei porque te levantaste sem avisar, sem me dizer "bom dia", só sei que me deixaste só, desamparado, quando neste momento tudo o que eu precisava era mesmo ter-te do lado, dormindo tranquila...

Significados

Há coisas que, por mais simples que pareçam, adquirem para nós determinados e importantes significados, mesmo que à vista de quem não nos entende, ou não entende o momento, sejam trivialidades.
Gosto especialmente de fotografia. Não tenho grande jeito nem grande conhecimento, mas gosto.
Por vezes capto momentos que, inseridos em determinado contexto, marcam muito. Marcam situações, marcam pessoas, marcam projectos, marcam, enfim, a nossa vida!
Deixo-vos, a ti em especial, um desses momentos...

Contrastes


Mais moderno que isto... Nunca vi!

Que coisa...

Conheci alguém que queria uma coisa.
Tinha alguém mas não tinha essa coisa.
Esse alguém ficou pois não dava a coisa.
Apareci eu a querer dar a coisa.
A pessoa gostou pois eu tinha a coisa.
E disse-me que queria a coisa.
Estou aqui e dou-te a coisa.
Pois essa coisa eu tenho.
Que coisa...
Ela queria tanto a coisa.
Dei-lhe tanto essa coisa.
Tenho tanta coisa para dar.
Afinal nao sabe se quer a coisa.
Se quer quem nao lhe dá a coisa.
Mas que coisa.
Se tanto quer essa coisa.
E eu lhe dou tanta coisa.
Quer ou não quer a coisa?
O tempo dirá qualquer coisa.
Que coisa...

Bonito, não importa o género.

"Now that the love is gone...

What are we suppose to do
After all that we've been through
Where everything that felt so
right is wrong
Now that the love is gone
Love is gone....

What are we suppose to do
After all that we've been through
Where everything that felt so right is wrong
Now that the love is gone

There is nothing else to proof
Now you still deny the simple truth
Can't find the
reason to keep holding on
Now that love is gone
Love is gone...

Now that the love is gone
The love felt so right so wrong
Now that the love is gone

I feel so hurt inside
Feel so hurt inside
Got to find a reason

What are we suppose to do
After all that we've been through
Where everything that felt so right is wrong
Now that the love is gone

There is nothing else to proof
Now you still deny the simple truth
Can't find the reason to keep holding on
Now that love is goneLove is gone...

Got to find a reason
Got to find a reason
Got to find a reason
Got to find a reason
Got to find a reason
To
hold on

Love...
There's nothing left for us to say
Love...
Why can't we gently walk away

What are we suppose to do
After all that we've been through
Where everything that felt so right is wrong
Now that the love is gone

There is nothing else to proof
Now you still deny the simple truth
Can't find the reason to keep holding on
Now that love is gone
Love is gone...

What are we suppose to do
After all that we've been through
Where everything that felt so right is wrong
Now that the love is goneLove is gone...
Love is gone..."

David Guetta - Love Is Gone

Que se passa?

Mas afinal o que se passa aqui? Ninguém vem ver isto?
Se calhar tenho que oferecer brindes a quem visitar este meu blogue...
Sei que não sou personagem conhecida no meio artístico, nem sequer no meu burgo, mas caramba... Onde estão os amigos? Os conhecidos, os que vejo na rua?
Até no meu msn faço menção ao endereço do blogue, mas nada!!! Zero bitaites!
Será que é porque ninguém sabe o que quer dizer bitaite que não comentam os meus textos? Tenho dúvidas, afinal toda a gente sabe que um bitaite é um comentário...
Talvez tenha que abandalhar um pouco mais, colocar anúncios nos jornais, tv e rádios locais...
Vá lá, comentem... Senão... Nada, fica tudo como está! Escrevo de mim para mim, menos mal...
Vou aguardar...

17/07/07

A evolução do vocabulário português...

"Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar "afro-americanos" aos pretos, com vista a acabar com as raças por via gramatical, isto tem sido um fartote pegado!
As criadas dos anos 70 passaram a "empregadas" e preparam-se agora para receber menção de "auxiliares de apoio doméstico". De igual modo, extinguiram-se nas escolas os "contínuos"; passaram todos a "auxiliares da acção educativa". Os vendedores de medicamentos, inchados de prosápia, tratam-se de "delegados da propaganda médica". E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em "técnicos de vendas".
Os drogados transformaram-se em "toxicodependentes" (como se os consumos de cerveja e de cocaína se equivalessem!); o aborto eufemizou-se em "interrupção voluntária da gravidez"; os gangues étnicos são "grupos de jovens"; os operários fizeram-se de repente "colaboradores"; e as fábricas, essas, vistas de dentro são "unidades produtivas" e vistas da estranja são "centros de decisão nacionais".
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à "iliteracia" galopante. Desapareceram outrossim dos comboios as classes 1.ª e 2.ª, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes "Conforto" e "Turística".
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...»; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma família monoparental...», eis o novo verso da cançoneta se quiser fazer jus à modernidade impante. Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um "comportamento disfuncional hiperactivo". Do mesmo modo, e para felicidade dos "encarregados de educação", os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, "crianças de desenvolvimento instável". Ainda há cegos, infelizmente, como nota na sua crónica o Eurico. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado "invisual". (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos, mas o "politicamente correcto" marimba-se para as regras gramaticais...).
Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em "implementações", "posturas pró-activas", "políticas fracturantes" e outros barbarismos da linguagem.
E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico. À margem da revolução semântica ficaram as putas. As desgraçadas são ainda agora quem melhor cultiva a língua. Da porta do quarto para dentro, não há "politicamente correcto" que lhes dobre o modo de expressão ou lhes imponha a terminologia nova. Os amantes do idioma pátrio, se o quiserem ouvir pleno de vernaculidade, que se dirijam ao bordel mais próximo. Aí sim, um pénis de 25 centímetros é um "caralho enorme" e nunca um "órgão sexual masculino sobredimensionado"; assim como dos impotentes, coitados, dizem elas castiçamente que "não levantam o pau", e não que sofrem de "disfunção eréctil".
E assim se fala bom português!"

16/07/07

Foram quinze num só...

O meu Sábado começou como outro qualquer dos últimos tempos. Acordar cedo sem saber porquê, nem para quê...
Recebi uma SMS de bons dias, o que vindo de quem veio, dá sempre especial alento. Respondi prontamente e então preparei-me para a minha rotina. Ir à "sede" pagar os tais 3,75 euros pela meia de leite e dois pães com manteiga...
De regresso a casa, tocou o telemóvel. Do outro lado uma voz doce disse: "Quanto tempo demoras a preparar-te para ir para a praia?". É só tomar banho (para não poluir a praia), vestir os calções e estou pronto, respondi eu.
Almoço comprado e lá estava eu na praia... Sinceramente, o tempo não parecia grande coisa. Apesar da rara ausência de vento, a escuridão emergia vinda do oceano.
Felizmente os abutres foram embora e o dia ficou excelente!
Aproveitamos as melhores horas... Das 13 às 17, precisamente o oposto do aconselhado. Foram quinze dias de praia num só. Nenhum camarão, mesmo tigre, pode gabar-se de estar mais corado que eu!
Valeu a pena o escaldão. Durante as horas passadas na mega-toalha, afundei barcos, perdi a frota, joguei ao nomes/objectos/países/cidades/animais/flores/plantas/carros (coisa que já não fazia desde a escola primária...), diverti-me mesmo! Para a próxima tenho que me lembrar das raquetes e da bola, mas mesmo sem esses apetrechos, foi excelente.
O resto do dia foi passado tranquilamente, pois o corpo não permitiu grandes movimentos.
Domingo o dia acordou cinzento, quase negro. Os abutres afinal tinham ido apenas dar uma volta...
Choveu bastante, mas o dia foi fantástico... Estou a pedir demais?

13/07/07

Meter conversa...

Escrevi este texto em 2005, mas tem sempre piada. Ou não!

Entre mim e alguns amigos há por vezes conversas interessantes...
Um dia um deles contava que na noite anterior tentou meter conversa com uma mulher numa discoteca. Em primeiro lugar há que ressalvar que para o fazer estava já meio encharcado em whisky, mas isso não importa... O importante é que ele os teve no sítio e foi lá... Ou pelo menos tentou!
Segundo ele, esteve toda a noite a olhar para a tal figura, mas mesmo tocado pela pinga, não mais conseguiu fazer que tocar no ombro da dita cuja, no momento em que a mesma se preparava já para abandonar as instalações. Ficou claro que a moça nem sequer reparou nas intenções dele, pois nada disse, mas fica da parte dele a intenção... Ou a intenção da intenção.
Passados uns dias andava eu pelo Norteshopping com um amigo, que também tinha ouvido a história e enquanto nos riamos eu decidi que havia de fazer melhor. E teria que ser mesmo naquela noite, em pleno shopping!
Então de repente entramos num supermercado e lá estava ela... Decidi-me, vai ser agora. Cheguei-me perto da rapariga, enchi-me de coragem e disparei: Um leite achocolatado e um lanche, por favor. Respirei fundo e aguardei pela reacção dela, que não tardou: Dois euros e cinquenta!
Era o meu dia de sorte, ela respondeu... Senti-me feliz, realizado, confiante, bem comigo mesmo.
Fiquei sem dinheiro na carteira, mas valeu a pena. Falei com ela e ela comigo. Nunca mais serei o mesmo!

Pois, pois...

Certo!

Este blogue devia ser mais dado à palhaçada, eu sei...

Mas, só para que conste, os poemas abaixo foram mesmo escritos por mim, em diversas fases da vida.

Tudo não passa de uma questão de inspiração, expiração...

Mais nada!

Avião

Era bom um avião
Que me levasse bem longe
Longe, longe, longe…
Onde não posso chegar
Sem asas para voar

Voar, voar, voar…
Bem alto até encontrar
Algo que ainda nem sei
Onde hei-de procurar

E no fim se eu achar
O que me vai alegrar
Levo no meu avião
Comigo sempre a voar

Voar, voar sempre
Sempre sem nunca parar
Nunca descer à terra
Sempre, sempre a sonhar

A vida seria um sonho
Passado sempre no ar
Levando comigo apenas
Alguém com quem partilhar

Sem lugar para tristezas
Com o céu por companhia
As nuvens desapareceriam
Então, o Sol brilharia

E assim, no meu avião
Sem destino, pois então
Poderia ser feliz

Só mais um dia

De manhã, ao acordar
Sei que não vou escapar
A mais um dia, que enfim
Nada reserva para mim

O Sol não me traz sorrisos
A luz não me dá alegria
As nuvens andam comigo
Afinal, é só mais um dia

É difícil conseguir
Sair e às vezes rir
Esquecer o que está mal
Mas outro dia há-de vir

Há-de vir e continua
Esta sina nua e crua

Onde por vezes se insiste

Pois afinal até dizem
Que o destino não existe

Não existe, mas parece
Quando tudo me acontece
Como sendo programado
Num PC não inventado

Um dia sei, terá fim
É triste viver assim
Fechado num mundo pequeno
Onde me sinto com medo

Talvez fugir para explorar
O que a vida tem para me dar
Se é que existe algo ainda
Para o meu tédio matar

Matar, mata-lo bem morto
Só se nascesse de novo
Tal passarinho feliz
Partindo a casca do ovo

Não adianta sonhar
Sei que não vou escapar
A mais um dia, que enfim
Nada reserva para mim

No fim

Huaa…que sono!
Tenho fome
Mas não como
Sede então
Nem se fala
Mas mata-la
Não…prefiro esperar
Esperar que passe
Que se apague este sentir
Mal-estar
Vou fugir…partir
Em busca do sono, da fome e da sede
Perdidos algures num momento
Em que disse…
Não aguento
O tormento
De querer e não poder
De poder e tremer
Antes de o fazer
Esquecer sei lá!
Recomeçar talvez
Outra vez
De novo
De novo nascer e crescer
Aprender
E mudar…
Para melhor
Para pior
Sei lá
Se calhar fico cá
Pois parece
Que quando acontece
O passado não volta
O relógio não gira ao contrário
Vai seguindo o seu rumo
Sem nunca parar
Só no fim
E aí ai de mim…
Feliz, contente
Triste, chorando
Não importa quando
Seremos iguais

Se te toco

Se te toco tens medo
Não aguento e cedo
Não resisto à vontade
De descobrir o segredo
Mas tens medo

Pergunto porquê
Respondes de quê
Nem eu sei
Nem tu descobres
Só sabes que sentes

Medo da vida
Medo da sorte
Abre os olhos
Sê forte
Nada tem que ser igual

Abre os braços e recebe
Perde o medo e percebe
Que só depende de nós
Porque pela minha voz
Saberás que não estás só

Amar é...

Amar é o que for
Tem alegria tem dor
Faz sorrir sem favor
Chorar por temor

É dar sem esperar receber
Ser feliz por te ver
Dormir e não esquecer
Sonhar um dia te ter

É estar lá estando aqui
Comigo tenho-te a ti
Nos dias que não te vi
Pensando apenas sorri

É julgar-te por um olhar
Entender-te até sem falar
Sofrer e não te mostrar
Ser eu sem te magoar

É deixar-te pensar
Dar tempo para meditar
Tentar não te sufocar
Sem nunca deixar de te amar

É ser feliz estando triste
Saber que por ti existe
Algo que em mim persiste
Um coração não desiste

É cair de pé
Passar os dias com fé
Por tudo e por muito mais
Amar é…

O casal moderno, igualdade de direitos… E deveres!

O José e a Inês são aquilo a que se pode chamar de casal moderno. Ambos trabalham arduamente para poderem dar o melhor à menina dos seus olhos, a pequena Maria de apenas um ano…
Findo o tempo em que apenas o homem da casa trabalhava, enquanto a mulher ficava a cuidar dos filhos, hoje, com o aumento do custo de vida, são precisos dois ordenados para um casal jovem conseguir viver. Digo viver e não apenas sobreviver, porque além das obrigações familiares, tem que haver espaço para o lazer, senão não há relação que resista.
José é um marido moderno, não o típico machista de antigamente, que chegava do trabalho e esperava que a mulher lhe trouxesse os chinelos enquanto se sentava pesadamente no sofá. Ajuda nas tarefas domésticas, cuida da filhota, tenta tanto quanto possível apoiar Inês no dia a dia. Porém, há momentos em que a sua posição de macho vem ao de cima. À Sexta-feira depois do jantar e da cozinha arrumada surge um desses momentos… José combinou com alguns amigos uma ida ao café para colocar a conversa em dia. Tudo bem, não tivesse Inês tido uma ideia semelhante e combinado com algumas colegas de trabalho uma ida ao shopping.
Tudo se resolveria facilmente caso isto acontecesse há pouco mais de um ano atrás, antes do nascimento de Maria, mas agora surge o dilema… alguém tem que ceder e ficar em casa a cuidar da menina. Não podem sair os dois.
Aí começa a pequena discussão. José tenta assumir papel de macho, mas logo se apercebe que esse tempo já lá vai. Hoje em dia isso não existe e não é apenas porque é o homem que tem mais direito que Inês de sair de casa à Sexta-feira. Inês tenta manter a calma, evitar a discussão é essencial para a harmonia de um casal. Poderia até atirar à cara de José que ganha mais dinheiro que ele, mas não o faz, não seria justo, pois sabe que ele é um bom marido e companheiro.
Conversam um pouco, coisa que poucos casais fazem e, concluem que um deles terá mesmo que abdicar da saída nocturna.
José cede, Inês pode ir ao shopping e ele fica em casa a cuidar da menina, mas no dia seguinte fica decidido que ele poderá sair à tarde com os seus amigos e Inês ficará com a bebé. Tudo isto resolvido em paz, sem discussão, como deve ser num casal moderno, em que ambos tem os mesmos direitos, mas também os mesmos deveres.
Estamos no século vinte e um. Hoje o homem e a mulher tem de facto que ter vidas semelhantes, fazer as mesmas coisas, viver da forma como acham que devem viver. Quando um casal assume a relação e mais importante, ter filhos, tem que estar bem ciente disso.
O machismo acabou, a mulher emancipou-se. Porém, é preciso cuidado para que um novo fenómeno não surja… O mulherismo. O homem não está preparado para tanto.
O ideal mesmo é a partilha de todos os deveres de um casal pai de filhos, para que ambos possam gozar também dos mesmos direitos.
Pensem nisso antes de casar.

Gosto, pronto!

Já fui, para o amor, de tudo um pouco. Fui namorado, amigo, companheiro, fui pai, mãe e irmão do meio. Fui bom, mau, presente, ausente, apaixonado, doente, carente, também fui crente. Fui cão, de trela, sem ela, estive à janela, fui mau. Já fui amante, fodido, amigo colorido, vencido, traído, fui mesmo um querido… Mas fui!
Fui tudo o que podia ser, fui sem querer, querendo, correndo, às vezes saltando, chorando, rindo, conversando, infelizmente discutindo, fizeram-me ser e eu fui. Fui porque quis ser, porque é sendo que realmente se é.
Se me arrependo? Não, pois foi sendo tudo o que fui que me tornei no que hoje sou.
E quem sou? Sou quem já não é, mas foi. Fizeram de mim o que fui, fazem de mim o que sou.

É mesmo por ser o primeiro dia...

É por ser o primeiro dia que escrevo no blogue pela segunda vez.
A isto chama-se popularmente "tesão do mijo".
Geralmente as pessoas, onde eu por vezes me incluo, são assim mesmo. Cheias de entusiasmo no início, mas depois vão perdendo a pachorra para as coisas.
Deve fazer parte da vida, querer novas coisas e arrumar as que já temos num cantinho, seja no armário lá de casa, seja num canto na nossa cabeça.
Eu também padeço desse defeito, felizmente que apenas ligado a coisas materiais. Tenho a mania interior que preciso de ter tudo, desde telemóveis topo de gama, playstation, máquinas fotográficas, leitor de mp3, etc, etc, etc, etc... Realmente todo o dinheiro que já gastei nesses gadgets daria certamente para ter pago o meu carro a pronto!
Compro, compro, uso, uso, arrumo, arrumo, esqueço...
Por vezes olho para as coisas e pergunto a mim próprio, "para que preciso eu disto?".
São feitios.
Felizmente que essa minha fase está a ser ultrapassada (também já estava na horinha, mãe) pelo que hoje vejo outras prioridades na minha vida.
Prometo-vos, a vós, poucos ou nenhuns leitores deste meu espaço, que tentarei ultrapassar a fase da "tesão do mijo" e andar constantemente de "pau feito" no que a escrever aqui diz respeito. Até já...

Agora sim!



Agora sim!

Utilizei esta expressão há uns meses atrás. Escolhi-a para título deste meu novo blogue.

Agora sim, porque sim, porque acredito que agora é mesmo sim, assim!

Estou em fase de mudança, interior e exterior, podem crer.

Muito do que era não sou mais, embora muito dessa pessoa tenha contribuido para a que sou hoje.

Quem sou?

Depois se verá...